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Mídia estrangeira sobre protestos de domingo: “Festival do ódio; manifestação de ricos”

A mídia internacional não é a mídia golpista tupiniquim capitaneada pela Rede Globo. Foram muitos nas ruas. Mas quem eram? “Mais brancos, mais ricos e mais velhos que nos protestos de 2013”, diz o Guardian Inglês. Já a Forbes, revista americana taxou os eventos de domingo como “festival de ódio”. New York Times, La Repubblica, El País e Clarín também comentaram as manifestações no Brasil. 

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Manifestantes protestaram com cartazes em inglês para atrair atenção da imprensa internacional. Mensagens com pedidos de intervenção militar foram vistas em várias cidades

As manifestações contra a presidente Dilma no último domingo ganharam a atenção da imprensa internacional, que acompanhou de perto os acontecimentos.

Segundo o jornal britânico The Guardian, os protestos reuniram pessoas “mais velhas, mais brancas e mais ricas” de que em 2013. O jornal chamou os protestos de “manifestações da direita” causadas por insatisfação com a economia, política travada e o escândalo de corrupção na Petrobras. O “Guardian” ainda descreveu cartazes escritos em inglês pedindo a volta da ditadura.

Os protestos de domingo foram os maiores no Brasil desde 2013, mas o perfil e as políticas dos participantes foram muito diferentes. As manifestações da Copa das Confederações dois anos atrás tiveram suas origens em campanhas para assegurar transporte público gratuito, e se espalharam rapidamente especialmente entre jovens, com ajuda de redes sociais, após a violência policial inflamar a opinião pública. A mais recente onda de protestos, entretanto, é de um grupo mais velho, mais branco e mais rico, reunidos após uma grande cobertura antecipada da grande mídia“, disse.

A revista de economia Forbes chamou os protestos de “festival do ódio”. “Estranhamento, não é a deterioração da economia que irrita os brasileiros. É a política. É a corrupção. Em outras palavras, a política de sempre. E, agora, os brasileiros estão abrindo as janelas dos seus apartamentos, colocando as cabeças para fora e gritando”, diz, em referência ao filme “Rede de Intrigas”, de 1976.

O jornal americano New York Times ressaltou que o impeachment ainda parece uma possibilidade distante, e defendeu a postura de Dilma diante dos protestos. “Em contraste com outros líderes da região que responderam à dissidência com ataques a seus críticos e uso de forças de segurança, a senhora Rousseff assumiu uma postura relativamente pouco confrontadora”, disse o “New York Times”, destacando que a presidente defendeu o direito de protestar dos brasileiros.

O italiano La Repubblica destacou que havia manifestantes pedindo intervenção militar para “por fim ao predomínio político do partido dos trabalhadores”

Já o espanhol El País noticiou, na capa do periódico, que “os protagonistas das marchas pertencem às classes médias mais educadas”. Foram, segundo o jornal, “médicos, professores, advogados e estudantes bem preparados e informados”.

Na argentino Clarín, destacou-se que o deputado federal Paulinho da Força (SD-SP) foi “o único que levou grande número de manifestantes que não são nem brancos nem ricos para a manifestação”. O diário destacou, porém, que Paulinho – líder da Força Sindical e um dos únicos a defender abertamente o impeachment da presidente- foi hostilizado por manifestantes que apenas “toleram” a camada social de trabalhadores representada por este político.

5 pensamentos sobre “Mídia estrangeira sobre protestos de domingo: “Festival do ódio; manifestação de ricos”

  1. Pingback: Em POA Tucanos, ricos e brancos foram as ruas no domingo para “festival de ódio”, diz mídia internacional | Luizmuller's Blog

    • Tenho certeza que está. Mas com esse monte de corrupto em cima, ninguém aguenta o piano. O BNDES que deveria servir para garantir a aposentadoria dos trabalhadores sendo usado pra festa das empreiteiras e dar aos amigos – Cuba, Peru, Chile…- escândalos em série, nenhuma conta fecha… sinto muito. Não vivemos de discursos e imagens, vivemos de números e fatos.
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    • Sim Arildo
      Por isto deveria ter investigação sem seletividade. Mas já deves ter notado que quem é sempre acusado é alguém do PT. Aliás, provas contundentes contra Cunha, contra Aécio e outros próceres não são levados em conta. Ainda estão tentando achar uma prova contra Lula. Até agora não acharam e já reviraram a vida do homem. Agora apelam pra vazamento de gravações que ao fim e ao cabo também não dão nenhuma prova. Os Governos do PT garantiram liberdade para A Polícia Federal e o MP investigarem a corrupção. Isto não existia antes. No governo FHC tudo era engavetado. Os corruptos estão a solta, querendo pegar justamente quem autorizou a investigação. Um símbolo disto é o Japonês da Federal. Foi condenado por Contrabando e apoio ao mesmo, mas continua trabalhando na PF por liminar, e pior, sendo o cara que prende “corruptos”. Tem que desenhar?

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