Marcha dos empresários sonegadores de impostos pedem o fim da corrupção

Do Blog Jovens de Esquerda

O dia 15/03/2015 entrará para a história como o dia em que a elite, derrotada nas eleições, financiada pelo empresariado nacional e as entidades de classe alta, imbuída de um revanchismo feroz, apoiada por uma mídia podre, assumiu escancarada e definitivamente seu espírito antidemocrático, golpista, hipócrita cretino e irresponsável diante das instituições e dos reais interesses do país.

Reproduzo aqui uma análise do facebook Políticas no Face ll

No fundamental, não há conciliação possível entre os que foram às ruas ontem e o governo ou os que fizeram manifestação na sexta. Não há pauta a ser atendida na manifestação de ontem.

Não foi uma manifestação “contra a corrupção”, como apregoa a mídia, foi contra o governo e o PT. Não se viu uma única faixa propondo medidas de solução. Também nada que condene ou registre casos comprovados de corrupção ou uso indevido da máquina pública que sejam desvinculados do PT, como os desfalques ao Metrô ou o aeroporto do titio, que envolve Aécio Neves.

A corrupção, para os que fizeram o ato, só será resolvida com o afastamento de Dilma Rousseff e/ou a extinção do PT. E com o enforcamento de Lula em praça pública. Mesmo que contra os dois não exista sequer uma acusação tramitando.

Também não há pedido de medidas sobre a economia. Afinal, as medidas econômicas defendidas são as que Dilma praticou recentemente, talvez em menor dose do que as defendidas pela campanha tucana, mas na essência o ajuste fiscal é a plataforma de Aécio. As generalidades como “impostos altos” ou “inflação” não pressupõem nenhuma medida concreta. Só a retirada da presidente, se possível, colocando algum tucano no lugar.

Diante disso, o que deve fazer Dilma e seu governo?

Duas coisas, em nossa visão.

A primeira é claramente governar para quem a elegeu. Não é para os que saíram às ruas domingo que se deve anunciar medidas. Mas para o povão que lhe garantiu o segundo mandato. Taxar as fortunas dos ricaços tem esse poder. Ações de preservação do poder de compra dos trabalhadores e de manutenção do emprego idem.

A segunda é fazer política. E materializar a política em ações de comunicação. Governo calado e na defensiva vira uma folha ao vento. É refém da narrativa imposta pela imprensa, que é clara e explicitamente inimiga do governo. Política como, pergunta você. O caso HSBC atinge em cheio a mídia. É preciso medidas públicas a respeito disso. O caso Petrobras e lava jato, o governo é o autor das ações mas age como se fosse o réu. Aécio Neves está todo enrolado em Furnas e o governo nem pia. Dilma tem um governo nas mãos, é minoritário na Câmara dos Deputados, o que explica o PT ser tão grande na Esplanada dos Ministérios? Bote a base dentro. O Zé da Justiça todo amarrotado respondendo ao protesto tem estatura para fazer enfrentamento político? Nenhuma! Troca essa gente. Não tem obras esparramadas por todo país? Visite uma por dia! A TV Globo convocando uma manifestação contra o governo é brindada com comerciais da Caixa Econômica Federal em seus intervalos…faz algum sentido isso?

Por fim, os partidos que apoiam a presidente precisam tirar o terno e a naftalina das bandeiras. Para o PSDB a campanha não acabou. Sua estrutura está toda de pé. Pq acabou para o a esquerda? Escolas, porta de fábrica, universidades, bairros, a disputa é nas ruas. E não vai acabar agora.

Nada que for feito ou anunciado agradará essa gente. A saída é debater, polemizar, argumentar, fazer política.

Lê também sobre quem financia o movimentos movimentos contra o governo, nas redes e nas ruas:

Lemann, os bilionários brasileiros, a Globo e os atos golpistas de domingo