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O “Choro” de Marina

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 O que significa o choro de Marina? O messianismo de volta.

Vi a cena patética de Marina chorando, magoada com o ex-presidente Lula, de que é vítima dele e do PT, de uma campanha sórdida contra ela e seus apoiadores mais fieis. E enquanto a maioria dos meus amigos e companheiros de debates acha que aquela cena é falsa, cheguei a uma terrível conclusão, a de que o choro de Marina é real, verdadeiro, não precisou de muita preparação, de que a pedissem para chorar, ela apenas chorou, assim como sorriu num enterro, o lado reverso de uma mesma moeda, nada fora de uma personalidade que se revela.

Simplesmente ela chorou porque se acha “Acima do Bem e do Mal”, como um “avatar”, um ser especial, um Guru messiânico, ela não aceita ouvir o outro lado, as verdade de quem não lhe é fiel, não importa aqui se os outros estão certos ou errados, mas ela não quer saber, apenas se magoou e publicamente extravasa seus sentimentos e “verteu lágrimas”, que repito, são sinceras demais, reveladoras demais.

Este tipo de personagem é assustador, pois vai além da razão lógica, no nosso caso, não é da mágoa política, de sentir ofendida pelo seu ex-líder, seu ex-companheiro, apenas ela se esqueceu, ato falho (?), de que foi ela quem rompeu com Lula e com seu partido, que lhe virou as costas. A questão se reverte de caráter psicológico, pois Marina incorporou uma “entidade” uma “persona”, que não pode ser contrariada, que quer criar não uma opção política, um partido, uma corrente de pensamento, mas uma seita de fieis, cuja liderança inconteste é ela, uma enviada especial.

Esqueçamos cidadania, Nação, povo e identidade cultural, aqui estamos diante de alguém que vem para deseducar o país, voltar às raízes religiosas, mas com o agravante de ser uma seita. A imitação mítica de Cristo de que “darei a outra face” nos empurra para o gueto, tudo que se avançou de cidadania retroage ao apelo religioso, dos salvadores da pátria, o mais reacionários dos sentimentos. Crescem os malafaias, ou felicianos, todo tipo de intolerantes religiosos, parece que saídos da idade média, enquanto na outra ponta, a Economia é entregue aos “apóstolos do mercado”.

Este filme já vimos nos EUA com Ronald Reagan, que levou a extrema-direita à reação das liberdades civis dos anos 60, sendo atacados pelo conservadorismo, conjugado a isto a liberalismo econômico total, que vitimou o que sobre do Estado de Bem Estar Social, não por mero acaso o FED ( o Banco Central dos EUA) recebeu mãos livres e efetivamente vem governando os EUA desde 1980, subordinado completamente aos banqueiros privados, liderados pelo Goldman Sachs.

Parece que a história se repete, feito farsa, com Marina seus religiosos e com seus banqueiros neoliberais. O pior é que este embuste, esta tentativa de vitimização se torna ampla, com a repercussão bem urdida pela mídia, que pouco se lixa para os problemas futuros que seriam causados por uma presidente que se comporta como líder de seita, diante de um estado laico, já tão debilitado, tende a zero. Pois espertamente contam que terão ampla liberdade de lucros e controle sobre a economia, enquanto a política retroage a pré-revolução francesa.

É este o problema de Marina, acredito que suas lágrimas revelam muito mais do que um espetáculo de mídia, de uma cena eleitoral, pois elas revelam um panorama farsesco de provável governo dela.

3 pensamentos sobre “O “Choro” de Marina

  1. Pingback: O “Choro” de Marina | BOCA NO TROMB...

  2. O problema eh acordar com o vice como presidente da republica!!! Essa louca nao se sustenta e entao….finalizado o golpe! Beto Albuquerque ( que ninguém sabe quem eh) sera nosso presidente!

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